Em um sistema complexo e cheio de reviravoltas, o próximo presidente dos Estados Unidos não será escolhido apenas pelo voto direto, mas através do disputado Colégio Eleitoral, onde cada estado conta de forma estratégica. Dos famosos “swing states” às acirradas primárias e convenções partidárias, essa eleição vai muito além das urnas. Quem será capaz de conquistar os eleitores e levar o país por um novo caminho?
O sistema eleitoral americano é bem diferente do que estamos acostumados no Brasil. Nos Estados Unidos, o presidente é escolhido por meio do Colégio Eleitoral, um grupo de 538 eleitores que representam cada estado do país. Quando os americanos votam para presidente, eles estão, na verdade, votando em “eleitores” que prometem apoiar determinado candidato. O objetivo é conquistar pelo menos 270 votos desses eleitores para garantir a vitória. Esse sistema torna a eleição mais complexa, pois cada estado tem um peso específico na contagem dos votos.
O que são os estados pêndulos e por que eles são decisivos?
Estados pêndulos, ou “swing states,” são estados onde os eleitores não têm um partido fixo, podendo votar tanto em democratas quanto em republicanos. Eles são os grandes alvos das campanhas, pois o resultado nesses lugares é imprevisível e tem potencial de definir o vencedor. Estados como a Flórida, Pensilvânia e Michigan são exemplos clássicos. Segundo o cientista político Larry Sabato, “os swing states podem ser decisivos em eleições apertadas, e ganhar nesses estados é um passo essencial para qualquer candidato“. Por isso, a disputa nesses locais é intensa e costuma concentrar grandes investimentos em publicidade e eventos.
Como as primárias e convenções moldam os candidatos?
Antes de chegar à eleição geral, os partidos realizam as primárias e convenções, que são etapas para selecionar os candidatos oficiais. Nas primárias, os eleitores de cada estado votam em seu candidato preferido dentro do partido, enquanto nas convenções, os membros se reúnem para discutir e escolher quem apoiar. O início dessas etapas em Iowa e New Hampshire costuma definir o tom da campanha. Como afirma o analista David Axelrod, “O desempenho nos primeiros estados pode gerar um impulso essencial, atraindo doações e atenção da mídia“.
O sistema eleitoral americano é eficaz ou precisa de mudanças?
Embora o sistema do Colégio Eleitoral seja uma tradição nos EUA, muitos americanos questionam sua validade. Há críticas de que ele permite que o candidato com menos votos nacionais ainda assim ganhe a presidência, como já aconteceu antes. Especialistas debatem se esse sistema ainda representa o país de maneira justa ou se é hora de repensar o processo. A democracia americana vai continuar com esse modelo ou é possível que o sistema mude no futuro?
Fontes:
– Federal Election Commission
– Pew Research Center
– The Cook Political Report