Pensar nessa possibilidade é realemnte assutador, afinal o que aconteceria com nosso planeta? Um estudo publicado no último dia 23 de janeiro de 2023 pela revista Nature Geoscience e intitulado: Variação multidecadal da rotação do núcleo interno da terra. Sugere que a rotação da esfera quente localizada no interior da Terra parou recentemente, o que poderia gerar impactos em nosso planeta?
O núcleo interno da Terra gira mais devagar agora?
Ao estudar as ondas sísmicas registradas de 1960 a 2021, de dois pontos distantes da Terra, o Alasca e as ilhas Sandwich do Sul , os pesquisadores Yi Yang e Xiaodong Song, sismólogos da Universidade de Pequim , propuseram esta teoria de que o centro da Terra gira em uma direção e depois na outra, em ciclos de quase 70 anos.
Como a mudança da rotação do núcleo interno impactaria na Terra?
A mudança foi observada em vários pontos do mundo, o que – segundo os pesquisadores – confirma que se trata de um verdadeiro fenômeno planetário relacionado à rotação do núcleo. E não apenas uma alteração local na superfície do núcleo interno, explica o artigo da Nature.
Além disso, os dados sugerem que o núcleo interno pode estar em processo de sub-rotação. Caso isso esteja mesmo ocorrendo, continua a Nature, é provável que as forças magnéticas e gravitacionais, que impulsionam a rotação do núcleo interno, sejam influenciadas.
Teorias sobre a rotação do núcleo da Terra
Desde a década de 1960, disseram os cientistas Xiaodong Song e Paul Richards, o tempo de viagem das ondas sísmicas geradas desses terremotos mudou, indicando que o núcleo interno está girando mais rápido que o manto do planeta», escreve a jornalista Alexandra Witze, em reportagem sobre o artigo no site da Nature.
Estudos posteriores concluíram que o núcleo interno gira mais rápido que o manto em, aproximadamente, um décimo de grau por ano. Outro estudo, no entanto, sugere que a super rotação ocorre principalmente em períodos distintos, em vez de ser um fenômeno contínuo e constante.
Por outro lado a publicação lembra que alguns cientistas argumentam que a super rotação não existe e que as diferenças nos tempos de viagem dos terremotos são causadas por mudanças físicas na superfície do núcleo interno.
No final esperamos que tudo fique bem, certo?
Deus Vult!
Referências:
Yang, Y. & Song, X. Nature Geosci. https://doi.org/10.1038/s41561-022-01112-z (2023).
Song, X. & Richards, P. G. Nature 382, 221–224 (1996).
Pang, G. & Koper, K. D. Earth Planet. Sci. Lett. 584, 117504 (2022).
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